"Morrer, que me importa? (...) o "danado" é deixar de viver."

Enquanto enfermeira, vivencio em nosso cenário de atuação esta tão "assombrosa" etapa da vida do ser humano, temida pelos pacientes e familiares e para nós profissionais de saúde algo que luta contra o nosso trabalho e dedicação, que busca aqueles a quem cuidamos com dedicação e esperança para resgatar o bem-estar, À vida. Entendo, que no mundo ocidental morrer é uma ida sem volta... é mais que uma punição, é humilhação para quem viveu intensamente cada dia, cada hora, rebuscando a literatura encontro no pensamento de Rubem Alves a mesma inquietação
"Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...
Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.
Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.
Redizendo conceitos, quais suas indagações sobre a morte e o morrer? como entende as etapas da morte e a posição do profissional de saúde. Deixe seu comentário.

Comentários

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  3. A morte, assim como a doença e o sofrimento são integrantes da condição humana. Nossa sociedade atual não está muito inclinada a considerar esses fenômenos; sente-se mais atraída pela beleza, pelo aspecto saudável e jovem do existir. Para o profissional da saúde, vivenciar na prática e atender pacientes graves e em situação de morte iminente é um grande desafio. o fato se explica pelo compromisso que assume com a sociedade, pois tem em seus ideais a preservação da vida é provável que esta seja a questão mais difícil e delicada quando se fala da área de saúde, pois todo o movimento do profissional dessa área é em direção ao bem estar, à saúde, à vida”. E de repente há o de frontamento com o seu exato avesso - a perda, a finitude,a morte. O profissional de saúde é um ser humano que, como qualquer outro, tem suas tristezas, irritações, receios, dentre outros sentimentos. No entanto, muitas vezes vê como necessário a minimização de tais qualidades, para que, assim, consiga realizar a “tarefa” que muitas vezes lhe é cabida. Ao isolar sentimentos e receios, minimiza suas tensões,Afim de assegurar que as suas respostas individuais não prejudiquem o paciente que está sendo atendido. Assim seria possível chegar ao doente, configurar diagnósticos, planejar sistematicamente a assistência e a partir daí, implementá-la, avaliá-la e modificá-la quando houver necessidade. a morte entrou na era da alta tecnologia, podendo ser qualificada por cinco características: um ato prolongado, gerado pelo desenvolvimento tecnológico; um fato científico,gerado pelo aperfeiçoamento da monitoração; um fato passivo, já que as decisões pertencem aos médicos e familiares e não ao enfermo; um ato profano, por não atender às crenças e valores do paciente, e ato de isolamento, pois o ser humano morre socialmente em solidão. Muitas pessoas vivem secreta ou abertamente em constante terror da morte. A angustia, a depressão e o sofrimento, causados por fantasias e pelo medo de morrer, podem ser tão intensos e tão reais quanto a dor física. Encobrir a morte da consciência é uma tendência muito antiga na história da humanidade, porém, mudaram os modos usados para esse encobrimento. Atualmente, os avanços científicos que permitem o prolongamento da vida e a possibilidade de institucionalizar os cuidados com os velhos e moribundos, são as formas mais comuns para encobrir o processo de envelhecer e morrer. A grande tarefa que ainda temos pela frente é enfrentar os terrores que, emocionalmente, alimentamos sobre envelhecer e morrer opondo-lhes a realidade de uma vida biológica que tem fim.“A morte não tem segredos. Não abre portas. É o fim de uma pessoa. O que sobrevive é o que ela ou ele deram às outras pessoas, o que permanece na memória alheias. Existem alguns meios para se mudar a atitude frente à morte: a amizade e solidariedade dos vivos e o sentimento dos moribundos de que não causam embaraço aos vivos. cinco estágios quando da aproximação da morte:• 1º) a negação e o isolamento• 2º) a raiva• 3º) a barganha• 4º) a depressão• 5º) a aceitação Percebe- se que estas etapas são vividas não apenas diante da morte, mas também, pro exemplo, quando alguém recebe um diagnósitco como o de câncer. E cabe também pensar se os profissionais da saúde não vivenciam estas etapas em si mesmos, quando de antes de um paciente terminal, ou diante da perda de um paciente. É necessário que a equipe vivencie o luto, trabalhe o luto. Existem vários modos de fazer isto. O que importa é que hajam rituais de despedida, que podem ser, por exemplo:• Reunir a equipe e fazer uma oração para os pacientes que morreram;• . Depois, pode-se guardá-las, ou jogá-las ao vento;• Na época do Natal, enfeitar uma árvore, fazendo um ritual em que cada um traz um enfeite, e cada enfeite representa um dos pacientes falecidos...Enfim... é preciso que a equipe possa fazer a sua despedida!!

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    1. Laennia, sem palavras, você enriqueceu este espaço, ressalto que as etapas do processo de morte e morrer muitas vezes não seguem rigorosamente a sequência descrita, a sequência estará sempre ligada ao enfrentamento do paciente, bem como aos valores culturais relacionados á morte.

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    2. Todos nós somos leigo em relação a morte.Mas a unica certeza que temos na vida é a morte. Saibas Palavras Fátima Freire.
      "Vivemos tempos líquidos.Nada é para durar".

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  4. Ao longo da vida nascemos, crescemos, desenvolvemos, reproduzimos e morremos mas essa última condição é esquecida, ou melhor, não nos preparamos para ela. A morte para a cultura ocidental é tida como o fim, é como se houvesse uma completa perda de tudo que dissesse respeito à vida. Desta forma o assunto torna-se tão horroroso que se evita falar dele, falar é como se atraísse a morte, com isso vão sendo criados conhecimentos superficiais em torno do assunto. Preferimos falar da vida em todos os seus aspectos, mas ambas são e fazem parte de toda a humanidade, porém o tabu não permite falar sobre um contexto tão nosso quanto qualquer fase de vida. Portanto, é de grande importância que os cursos de graduação em enfermagem, iniciar seus acadêmicos no assunto, para no futuro, termos profissionais mais preparados para lidar com as perdas e também com suas próprias frustrações.
    E parafraseando Kovacs: Passamos o tempo todo estudando a vida e despreparados para a morte, porque então não estudar a morte para nos preparar melhor para a vida?

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    1. Seguindo seu raciocínio enfatizo que a morte desde os primórdios da humanidade aterroriza o homem, tema este que traz á luz muitas pesquisas sobre a temática. Revisitando a literatura faço referência ao desenvolvimento da Tanatologia que ocorreu com mais intensidade após as guerras mundiais, com os estudos de Hermann Feifel que escreveu o clássico The meaning of death (Feifel, 1959). Esta obra sinaliza o movimento de conscientização sobre a importância da discussão do tema da morte, apesar da ainda existente
      mentalidade de interdição do tema. O livro inclui textos
      sobre filosofia, arte, religião, sociologia. Há artigos de vários autores muito conhecidos, entre os quais destacamos: Jung, A alma e a morte e Marcuse, A
      ideologia da morte. Nesta obra, encontram-se também
      artigos temáticos como o capítulo Trajetórias da morte por Glaser e Strauss, e o capítulo Prevenção do suicídio, de Farberow e Schneidman.
      Vêhttp://www.scielo.br/pdf/paideia/v18n41/v18n41a04.pdf

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  5. renato russo em uma letra de suas musicas escreveu:é tão estranho os bons morrem jovens,muitas vezes pessoas deixam a vida cedo e o que fica para os familiares e amigos é entender o porque daquela partida tão cedo.ariano suassuna em um de seus magníficos trabalhos fala que todos se encontram com seu único male irremediável aquilo que amarga nossos estranhos destino sobre a terra o fato sem explicação que une tudo que é vivo em um só rebanho de condenado porque tudo que é vivo morre.assim resta-nos entender as fases do nascer crescer e morrer, para nós da área da saúde temos que ser cautelosos pois a todo momento nos deparamos com pessoas que buscam em nós um porto seguro na hora mais crucial de suas vidas a morte,assim temos que está preparados para lhe dá com essa situação e saber passar confiança e afeto nesse momento tão difícil !!!!!!!!!!!!!!!!

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    1. Belas palavras guerreiro. A dor causada pelo fim nos enche de dúvidas. Somos meros seres mortais, e nunca entenderemos o por que da vida ser tão boa e ser tão curta. Mas quem sabe se não existisse o fim a existência perderia o sentido...

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    2. A letra é bonita e apresenta uma resposta possível, dizendo que temos de aprender a perder.Mas penso que nem todos os bons morrem jovens, e nem todos que morrem jovens são bons. Mas o certo é que todos nós um dia partiremos e ficaremos na lembrança de alguém.
      Tem uma outra composição dele que diz:
      "Quero que saibas que me lembro
      Queria até que pudesses me ver
      És parte ainda do que me faz forte..."

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    3. Sábias palavras, amiga Ana Luzia, a morte é inevitável e é também independente de idade. Morrer tão jovem é mais doloroso do que a morte de um idoso, mas há idosos melhores que alguns jovens, rs ..

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  6. Nunca compreendi muito bem o conceito de morte. Sei que todos nascem e morrem e que essa é a única certeza da vida. A questão é a forma com que isso acontece. Pessoas morrem todos os dias, em todo o mundo, questão de segundos.Em jornais, manchetes de assassinatos se espalham diante de páginas diversas. Na rádio, se escuta a mais nova vítima. Na televisão, estão gráficos do número de mortos do dia, do mês ou do ano. Números e mais números. É assim que são lembradas algumas pessoas. Quando uma pessoa morre por estar em uma idade avançada, ou por uma doença. Por mais doloroso que seja, já estamos preparados para o pior. O sentido de se envelhecer, é saber que de brinde vem dificuldades, e possivelmente, a morte. O sentido de uma doença grave, é lutar para sobreviver mais um dia que for, e não o de se curar. Algumas pessoas falam que uma pessoa morre porque foi chegada a hora dela. Porque é mais fácil acreditar em algo que possa te confortar do que enfrentar uma dor que te enlouqueça. Devemos apenas aceitar e seguir em frente. Com uma dor no coração e lembranças que jamais serão esquecidas ou apagadas. A morte faz e vai continuar fazendo parte de nós. Não importa quantas vezes vamos ter de enfrentar ela, e sim, quantas vezes vamos superar a perda de alguém. A parte mais difícil de perder alguém que se ama, é cair a ficha de que não vai ter como essa pessoa voltar. Depois que a vida de alguém termina, a única alternativa é aceitar que a nossa continua.Apesar de não compreender a morte, e de ter a certeza que ela sempre vai existir. Acredito na vida após a morte. Porque podem levar o corpo de uma pessoa, a alma dela e tirar a chance de ela continuar. Mas nunca, jamais, tiraram as lembranças e o amor que ela deixou. Aprendi que as pessoas morrem no mundo lá fora, mas vivem dentro de nós.

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    1. Cara amiga Luzia, o sentido que a vida tem nos faz pensar no quanto a morte será temida. Se vivermos de maneira a valorizar cada segundo, cada momento, não aceitaremos um fim que é a única certeza que temos. Como diz a "É preciso saber viver..."

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  7. Para mim a morte é uma passagem natural da vida, é o limite humano para aqueles que se acham superior, a morte é como se fosse só mais uma transição como muitas outras que já passamos no decorrer da vida, só que as religiões ocidentais torna ela na coisa mais assustadora e sobrenatural da vida. Aos profissionais de saúde a morte é vista como inimiga que os fazem ter escolhas difíceis e dolorosas e ao mesmo tempo ter que saber lidar com a situação, tendo uma humanização para dar apoio a família.

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    1. sem dúvida suas palavras são bastante interessantes cara amiga carla,pois me fez enxergar alguns conceitos que tinha dúvidas a respeito da morte, e o que me chamou atenção foi sobre as religiões ocidentais que torna a morte como inimiga que os fazem ter escolhas dioficeis e dolorosas

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    3. Concordo com você quado diz que "A morte é uma passagem natural da vida." mas, o que a torna tão assustadora para alguns, é o fato de não se prever quando ela ocorrerá, pois sabemos que com essa incerteza, perderemos uma coisa que prezamos muito, o controle que temos sobre nossas vidas, veja bem, não estou discordando de você, mas penso que não devemos responsabilizar somente as religiões, mas sim nossa grande incapacidade de não aceitar que temos controle de nossas vidas apenas até certo ponto. Mas muito boa sua colocação.

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    4. A morte por mais estudada que seja nunca será compreendida, quer seja pelos leigos ou pelos profissionais de saúde, estes estão todos os dias lidando com ela e cada episódio de morte é como se fosse a primeira.

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    5. A morte torna a vida sem sentido? Apesar de muitas pessoas acharem que sim, um momento de reflexão irá mostrar que a morte é irrelevante para a questão do sentido da vida: se os seres humanos fossem naturalmente imortais isto é, se não houvesse nada parecido com a morte ainda assim a questão sobre o sentido da vida persistiria.

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    6. Concordo com você Carla mais acreditamos ficar tristes pela morte de uma pessoa, quando na verdade é apenas a morte que nos impressiona.

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    7. O meu comentario caros amigos, foi baseado na crença de vida pós a morte, que é esta a minha crença! E no mundo do espiritismo a morte é compreendida, sim!
      Claro que a morte traz, dor e sofrimento, e não é somente a morte que está impressionando e sim a falta eterna que a aquela pessoa vai fazer para aqueles que não acredita na vida pós a morte.
      Boa Noite

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    8. Concordo meu amigos para mim a crença é uma otima fuga para diminuir a dor e comfortalos, crente em que haja vida em outro mundo, foi para um lugar bem melhor entre outros, tendo bastante fé, pois isso ajuda a trabalhar o fator emocional.

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    9. Lindas palavras cara amiao. A morte e a única certeza que temos dessa vida. Devemos valorizar cada segundo de nossa vida pois podemos está vivendo o último .

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  8. Como a própria sabedoria popular diz: "A morte é a única certeza que temos em nossas vidas."
    A cultura de que a morte é uma punição, transformou esse momento fisiológico em algo assustador e que intriga o ser humano que por ter certeza de um fim se pergunta se haverá um recomeço.
    Para muitos, como para mim, é difícil aceitar que a vida, tão boa do jeito que é tem que ter fim e que a existência material se resume á uma mera capsula que perde a alma e vai para baixo do chão.
    Mas a esperança humana da ressurreição é algo que conforta. A fé de que um dia nos encontraremos em outro plano nos dá um certo conforto e uma conformação que é observada em pacientes terminais. A fé em Deus e no que ele prepara para nós traz de volta a esperança em momentos tão dificeis.

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    1. Concordo com você meu amigo Herman Júnior. A nossa vida parece ser tão curta. Somos tão frágeis para nos acharmos tão dominantes. Sofremos por um fim que é certo, mas que não aceitamos.

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    2. A morte aparenta significar a falta de sentido da vida para muitas pessoas porque elas sentem que não há motivo em desenvolver o caráter ou aumentar o próprio conhecimento se nossos progressos serão em última instância tomados pela morte.

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    3. Também concordo plenamente com você Herman, a esperança humana faz acreditar que um dia todos irão se reecontrar e que a unica força de um paciente terminal é a fé.

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    4. Meu amigo Herman, é sempre reconfortante acreditar na vida após a morte. Como o querido espírita Chico Xavier dizia "A morte é simples mudança de veste, somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criado por nós mesmos" por tanto, a esperança de sermos pessoas boas, com o olhar visando o futuro após a morte, faz com que tenhamos esperança de que o aprendizado espiritual não se perca. Parabéns pelo seu comentário.

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    5. Esse mistério que envolve a morte é para muitos um conforto e para outros uma dúvida, uma incerteza, mas a fé em Deus nos faz acreditar na ressureição e que um dia todos nos encontraremos. Isso para muitos é que traz o conforto.

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    6. Verdade Ana Maria, só Deus pode nos dá o conforto e na esperança que uma dia iremos nos encontra-mos.

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    7. Verdade Ana Maria, só Deus pode nos dá o conforto e na esperança que uma dia iremos nos encontra-mos.

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    8. Quando perdemos alguém, cada vela, cada oração, não compensarão o fato de que, a única coisa que sobrou, é um buraco na sua vida onde aquela pessoa que você gostava costumava estar.
      A gente nunca sabe quanto tempo vamos ter, mas sabemos que ainda dá tempo de fazer valer a pena.

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    9. O único conforto que temos é a fé em Deus ;;;

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  9. Fernando Pessoa disse:
    A morte chega cedo,
    Pois breve é toda vida
    O instante é o arremedo
    De uma coisa perdida.

    Significa dizer que, mesmo que morremos cedo ou não, a morte nunca será aceita. Vejo muito com famílias que já perdem seus entes queridos idosos, e mesmo assim não aceitam. É difícil dizer adeus e mais difícil ainda conviver com a perda. Uma coisa é dizer até logo, mas saber que irá voltar a ver, outra é saber que nunca mais irá presenciar aquela pessoa em seu meio... Mesmo que a pessoa já estivesse doente, mesmo que já fosse “esperado”, ela nunca é aceita como acham que seria. Na verdade, a morte chega cedo para todos, por que, como diz Pastor Claudio “Estamos em uma fila invisível da morte, onde não sabemos o numero de nossa senha, de repente chamam 14 e era seu numero”. Não estamos preparados para morrer, por que a única coisa incerta na nossa vida é o dia que iremos partir. Como lidar com isso? No filme “A culpa é das estrelas” a personagem principal sita seu livro favorito (fictício) dizendo que “A dor tem que ser sentida” ou seja, devemos passar por isso, devemos passar pela dor, para poder superar a perda e conviver com isso, por que, passar, não passa, mas é igual a uma doença crônica, a gente convive.
    Eu tenho medo da morte, principalmente que seja repentina, por que o ser humano, nem esta preparado pra perda, muito menos pra morrer, a gente sempre acha que tem mais a fazer nesse mundo, que viemos com um proposito, mas na verdade nunca sabemos qual. Eu coloquei na minha cabeça que eu tenho que viver, e pro incrível que pareça, antes eu vivia para realizar meus sonhos e hoje eu vivo para realizar os sonhos de outra pessoa, meu filho.
    Acho esse tema, ao mesmo tempo complicado e importante para ser debatido, por que cada caso é um caso, e como já foi dito no poema, “O instante é o arremedo de uma coisa perdida”, o hoje você pode ter feito muitas coisas, mas sempre vai haver um momento que vc vai pensar que poderia ter feito mais. E no fundo no fundo, o maior medo do ser humano, é morrer com arrependimento de não ter feito tudo que queria. Obrigada!

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    2. Acho interessante o seu ponto de vista pois a dor tem que ser sentida” ou seja, devemos passar por isso, devemos passr pela dor, para poder superar a perda e conviver com isso, por que, passar, não passa, mas é igual a uma doença crônica, a gente convive.

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  10. Todas as decepções são secundárias. O único mal irreparável é o desaparecimento físico de alguém a quem amamos. Rolland, Romain

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    1. Concordo Jardenya é uma imensa dor...

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    2. É o único motivo que faz a morte ser assustadora e tão dolorosa, o desaparecimento fisíco.

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    3. concordo carla, porque fica a intensa saudades das pessoas que se forram e que sabemos que nao volta mais.

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    4. a consolação para uns veem exatamente de pensar que a morte foi somente algo físico.

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  11. Nas palavras de Kubler-Ross E. no seu livro sobre "morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes" Ele relata que na prática profissional, a atenção àquele que está morrendo e a sua família restringe-se aos cuidados técnico-burocráticos necessários. Os cuidados técnicos, em geral higiênicos, de posicionamento no leito e de conforto, ocupam o profissional de saúde na assistência ao paciente, ou seja, a morte hoje, acontece predominantemente no espaço hospitalar, e neste a presença da família é pouco estimulada, senão dificultada. No entanto, para aquele que se vai, um gesto de afeição seria, talvez a maior ajuda, ao lado do baixo da dor física, que os que ficam poderiam proporcionar.

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  12. Para mim morrer seria, sair do plano material e seguir o plano espiritual, porque assim diz a palavra do Senhor, do pó tu veio e ao pó voltarás, embora não conseguimos aceitar com naturalidade a morte, mais é a única certeza que temos.

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    1. De vez em quando a eternidade sai do teu interior e a contingência substitui-a com o seu pânico. São os amigos e conhecidos que vão desaparecendo e deixam um vazio irrespirável. Não é a sua 'falta' que falta, é o desmentido de que tu não morres.

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  13. O tempo vai passando, a idade vai vindo, mesmo assim, com isso fica cada vez mais difícil esculpir a personalidade para níveis mais angelicais e equilibrados.
    As doenças vêm, também os desgostos, as crises financeiras e os conflitos. As dúvidas e as dores da alma, e nada muda, nada. A pessoa não consegue pensar em outra coisa a não ser nas suas dores, doenças e conflitos. Com isso, o papel disciplinador das flechas não são cumpridos, não se fazem valer....
    Situações adversas acontecem para proporcionar reforma íntima, reflexão e conexão com Deus, as chamadas flechas dos anjos, que tem esse nome, justamente pelo fato de serem consideradas avisos divinos, já que têm a função de corrigir nossas rotas e ajustar nossa forma de viver, pensar e sentir.
    Agradeça a Irmã Morte, pela vida que ela nos proporciona, pela capacidade de retificar e purificar nossas almas, alinhando-nos unicamente com nossos propósitos, que insistimos em nos distanciar, vida após vida.

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  14. Ninguém sabe o que é a morte, mas não faz muita diferença porque também nunca sabemos o que é a vida. Antonio Lobo

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  15. LEIAM esse artigo é muito interessante!
    http://monografias.brasilescola.com/enfermagem/atuacao-enfermeiro-diante-processo-morte-morrer-paciente-terminal.htm#capitulo_1

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    1. Bom meus amigos acadêmicos de enfermagem, a vida é um ciclo você nasce, crece, reproduz, envelhece e morre nem todos conseguem ir ao fim desse ciclo pois durante o mesmo ele pode ser interrompido. Cada um de nois tem opinoões sobre esse assunto, cabe a todos a respeitar e pensa um pouco para forma seu senço crítico. Tenho certeza que ela um dia vai chegar mais sei que ela não é desejada nem para mim e nem para alguem aqui, pois todos à temen.

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  17. O morrer inicia-se com o nascer, acelera-se com o envelhecimento. Se toda a relação com a morte assim como toda relação com a sexualidade é mediatizada na pluralidade das relações sociais, então a morte está presente em todos os níveis da vida cotidiana. Enquanto não estando em lugar algum a morte não tem o estatuto de objeto empírico: é um simples ponto intocável e sobre o qual o que se pode dizer.a morte é algo que faz parte do ciclo natural de vida, os mesmo ainda não conseguem lidar com isso no dia-a-dia. Os profissionais de saúde sentem-se responsáveis pela manutenção da vida de seus pacientes, e acabam por encarar a morte como resultado acidental diante do objetivo da profissão, sendo esta considerada como insucesso de tratamentos, fracasso da equipe, causando angústia àqueles que a presenciam.

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    1. boa cara...
      olha o que José Roberto da Silva Brêtas; José Rodrigo de Oliveira; Lie Yamaguti colocam no artigo:Reflexões de estudantes de enfermagem sobre morte e o morrer.
      ''A morte é um evento biológico que encerra uma vida. Nenhum outro evento vital é capaz de suscitar, nos seres humanos, mais pensamentos dirigidos pela emoção e reações emocionais que ela, seja no indivíduo que está morrendo, seja naqueles à sua volta''.

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    5. Para nós enfermeiros é uma sensação de fracasso diante da morte não é atribuída apenas ao insucesso dos cuidados empreendidos, mas a uma derrota diante da morte e da missão implícita das profissões de saúde em: salvar o indivíduo, diminuir sua dor e sofrimento, manter-lhe a vida.

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    6. Para nós enfermeiros é uma sensação de fracasso diante da morte não é atribuída apenas ao insucesso dos cuidados empreendidos, mas a uma derrota diante da morte e da missão implícita das profissões de saúde em: salvar o indivíduo, diminuir sua dor e sofrimento, manter-lhe a vida.

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  18. A morte é vida ... Tudo que vive morre.
    Na minha opinião morre é a coisa mas normal da vida, é só o que temos de certeza nela.
    Se tudo sempre tem um fim,pra quê o medo?

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  19. A morte é encarada de diversas formas em culturas distintas, por exemplo, a cultura indígena acredita que a morte é apenas um processo de passagem para uma outra vida, assim como, outras religiões fazem uso dessa crença. como vivemos em um mundo onde a cientificidade esta vigente o medo do pós morte esta acentuado com a não explicação cientifica de pra onde iremos.
    profissionais da saúde e principalmente enfermeiros que estarão ligados mais profundamente com os pacientes tendem a compartilhar tanto de modo observatório no processo de morte como posteriormente vivenciar o seu próprio.

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  21. O Nascimento é o ponto de partida para o destino a morte. O sofrimento maior é a angustia de saber que caminhamos em direção a nossa morte. Mais Jesus se apresenta como a esperança após a nossa morte : Disse- lhe Jesus : " Eu sou a ressurreição e a vida , quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá, e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto ". São João, 11:25, 26. Com a ressurreição de Cristo , se a funda a esperança de podemos um dia também nós entrarmos com Cristo na nossa verdadeira pátria que está nos céus.

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    1. Também acho correto as palavras de Deus, ele nunca falha.

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    2. Concordo, enquanto há vida a esperança!

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  23. A morte é um processo natural do
    ser humano, o qual todas as pessoas, inevitavelmente, irão enfrentar. Contudo, também acredito que além, de ser um processo biológico a morte é considerada como uma passagem, ou seja, acredito haver outro lado da vida, onde os seres
    humanos cumprem sua missão e quando esta acaba o mesmo segue outro caminho.
    Fisiologicamente é o fim, final de um ciclo, como profissional da saúde acredito que o paciente sempre tem chances de recuperação, independente de sua situação.

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